Túmulo dos Dois Irmãos

•25/11/2009 • Deixe um Comentário


Lenda do Túmulo dos Dois Irmãos

De uma beleza sem par, olhos cálidos com as nuances de uma moura encantada, que ao invés de fugir de um rei conquistador, ali permanecera, passeando pelos caminhos, enquanto enfeitiçava todos aqueles que por ela passavam, fazendo-os perder-se de amores por tal encanto feminino. Ela, levianamente, entre os cortejos deixava admiradores que albergavam a esperança de a acolher em seus braços. Os mais valentes e corajosos, perdiam-se nos seus olhos e deixavam o coração preso ao seu feitiço e ela a todos sorria e deles aceitava o cortejo, mantendo acesa essa esperança.
Acontece que, dois irmãos a cortejavam, cada um sem saber que o outro também o fazia. Disputavam estes dois homens o coração, os favores e a predilecção da bela mulher. E uma noite, em que a lua iluminava o lugar com toda a sua sumptuosidade, atraindo amantes, elevando paixões, encontraram-se ambos sob a janela da mulher amada. Sem se aperceberem da identidade de cada um, investiram, lutaram até que um deles, ferido mortalmente, tombou sobre o chão, sendo então reconhecido pelo seu irmão que, logo ali enterrou a espada no próprio corpo, tombando sem vida, sobre o corpo do irmão morto pela sua espada.
Diz o povo que é neste túmulo que se encontram enterrados os dois irmãos unidos na morte, separados em vida pelo amor que os acometia a moura de encantos.

Trata-se de uma lenda, não de história, por isso devemos dar-lhe apenas o crédito que as lendas merecem.
Na verdade, o túmulo foi aberto no início do século XVIII e revelou a existência de apenas um corpo, que, segundo as teses mais plausíveis, embora incomprovadas, pertencerá a D. Luís Coutinho, bispo de Viseu, mais tarde de Coimbra e depois de Lisboa, e que teria falecido em Sintra, vítima de lepra, em meados do século XV.

Mas é o nome de Dois Irmãos, aquele que prevalece, e é apoiado pela singular existência de duas estelas discóides, uma em cada uma das extremidades da arca sepulcral, ambas com o emblema da cruz de Cristo gravado.
Na tampa do túmulo encontra-se gravada uma cruz a todo o seu comprimento.

DE

Mar-Abismo-Mar-Paz

•12/11/2009 • Deixe um Comentário

photoblogDE1

Excertos

[…]
Hoje seria um belo dia para visitar o Mar
Demasiado tarde.
Amanhã.
Irei sentir pela primeira, última, vez
A sensação de enterrar os pés na areia
Sentar-me-ei junto às rochas
Conversarei com o Mar
Ele responder-me-á
Sentirei o seu abraço delicado
A fúria que ele tantas vezes demonstra
Não é mais que um grito de solidão
Far-lhe-ei companhia
Nos dias e nas noites

[…]
Cai uma gota no papel em que escrevo.
Mancha a palavra saudade.
Desliza pelas letras desenhadas
Querendo [re]escrevê-las.
Escrevi a palavra Fim.
E o fim nunca tem retorno.
A raiva na ponta do dedo
Que limpa insistentemente
O esbatimento da cor
De uma tinta já gasta
O repousar de uma pena.
Fechar um tinteiro.
[…]

DE

Lendas de Encantar

•06/11/2009 • Deixe um Comentário

DE11

Castelo dos Mouros – Sintra
Onde se escondem mil segredos por revelar
Outras tantas lendas por contar…

Lenda de Melides

Após a conquista de Santarém, o rei D. Afonso Henriques impôs um cerco a Lisboa, que se estendeu por três meses. Embora o Castelo de Sintra tenha se entregue voluntariamente após a queda de Lisboa, reza a lenda que, nessa ocasião, receoso de um ataque de surpresa às suas forças, por parte dos mouros de Sintra, o soberano incumbiu D. Gil, um cavaleiro templário, que formasse um grupo com vinte homens da mais estrita confiança, para secretamente ali irem observar o movimento inimigo, prevenindo-se ao mesmo tempo de um deslocamento dos mouros de Lisboa, via Cascais, pelo rio Tejo até Sintra. Os cruzados colocaram-se a caminho sigilosamente. Para evitar serem avistados, viajaram de noite, ocultando-se de dia, pelo caminho de Torres Vedras até Santa Cruz, pela costa até Colares, buscando ainda evitar Albernoz, um temido chefe mouro de Colares, que possuia fama de matador de cristãos. Entre Colares e o Penedo, Nossa Senhora apareceu aos receosos cavaleiros e lhes disse: “Não tenhais medo porque ides vinte mas ides mil, mil ides porque ides vinte.”


Desse modo, cheios de coragem porque a Senhora estava com eles, ao final de cinco dias de percurso confrontaram o inimigo, derrotando-o e conquistando o Castelo dos Mouros. Em homenagem a este feito foi erguida a Capela de Nossa Senhora de Melides (“mil ides”).

in Wikipédia

Digital Eyes P/B

•04/11/2009 • 1 Comentário

DE20

…olhos nos olhos…

DE

Reflexo ilusório

•03/11/2009 • Deixe um Comentário

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Reflexo ou Ilusão?

Compromisso

•30/10/2009 • Deixe um Comentário

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Diamante ou brilhante?
Ou a mais bela bijuteria de feira?
Que importa o peso dos quilates sem valor, se a qualidade está no gesto que o entrega e no que recebe?
O brilho que ofusca não é mais que uma quimera… real é o sentimento que ele transporta e o sorriso que gera…
O compromisso está no sentimento. Não num aro, com ou sem valor material onde assentam pedaços de metal que brilha que apenas simboliza a realidade que se sente…

DE

Espigueiro

•28/10/2009 • Deixe um Comentário

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Espigueiro em Brufe – Terras de Bouro – Parque Peneda Gerês

O espigueiro, também chamado canastro ou caniço, é uma estrutura normalmente de pedra e madeira, existindo no entanto alguns inteiramente de pedra, com a função de secar o milho grosso através das fissuras laterais, e ao mesmo tempo impedir a destruição do mesmo por roedores através da elevação deste. Como o milho requer que seja colhido no Outono, este precisa de estar o mais arejado possível para secar numa estação tão adversa como o Inverno.

No território de Portugal Continental, encontram-se principalmente a Norte, em particular na região do Minho.

in Wikipedia

Casario

•24/10/2009 • Deixe um Comentário

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…naquela outra margem… alinhado em ecos do passado…

Cabo da Roca

•13/09/2009 • Deixe um Comentário

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Lenda do Cabo da Roca

Conta a lenda, que perto do Cabo da Roca, desapareceu de casa de sua mãe um menino, cuja idade rondava os cinco anos, sem que sua triste mãe pudesse saber onde ele estava. Já o presumia caído de alto penhasco abaixo no mar e afogado. Já o deplorava morto. Mas a verdade era outra. Umas bruxas o tinham tirado de sua casa e lançaram-no num despenhadeiro num monte sobre o mar.

Aos choros que o menino dava, acudiram uns pastores de gado que rapidamente deram a noticia à vila. De lá saíram muitos aldeões com a desconsolada mãe para socorrerem o pobre menino.

Para o tirarem do buraco que parecia de fundo inacessível foi uma tarefa complicada, mas rapidamente o conseguiram. Todos alegres por o verem são e salvo logo a mãe lhe perguntou quem o tinha posto ali; e quem lhe dera de comer durante tanto tempo. O menino explicou que tinham sido umas mulheres que o tinham trazido pelo ar e o tinham atirado para a tal cova, porém, disse que uma senhora, muito formosa, todos os dias lhe levava umas sopinhas de cravos para ele comer.

Depois da história explicada e tudo estar resolvido, toda a aldeia mais a mãe e o menino dirigiram-se à igreja para agradecer a Nossa Senhora tudo ter acabado em bem. Ao entrar na igreja e vendo a Senhora no altar o menino disse com estas formais palavras: “Ó mãe, eis ali a senhora que todos os dias me dava as sopinhas de cravo para eu comer”. Este menino chamava-se José Gomes, mas foi sua alcunha que ficou conhecida na praça de Cascais, Chapinheiro.

in CMS

A Vida na Palma da Mão

•11/09/2009 • Deixe um Comentário

DE6

Hino ao Irmão Sol
Altíssimo, omnipotente, bom Senhor
Teus são o louvor, a glória, a honra
E toda a benção
Só a ti, Altíssimo, são devidos.

S. Francisco de Assis

Modelo: Dominique

Lugar de encantos mil

•08/09/2009 • Deixe um Comentário

DE26

Palácio da Pena – Sintra

No século XVI, D. Manuel I mandou construir o convento de madeira para a Ordem de São Jerónimo, substituindo-o ligeiramente mais tarde por um de cantaria para 18 monges. No século XVIII, um raio destruiu parte da torre, capela e sacristia. Isto ocorreu pouco antes do fatídico terramoto de 1755, que deixou o convento em plena ruína. O Terramoto de 1755 devastou Lisboa e os arredores e o mosteiro ou Convento da Pena caiu em ruínas. Apenas a Capela, na zona do altar-mor, com o magnífico retábulo em mármore e alabastro atribuído a Nicolau de Chanterenne, permaneceu intacta.

As ruínas, no topo escarpado da Serra de Sintra, maravilharam o jovem príncipe D. Fernando. Em 1838, decidiu adquirir o velho convento, a cerca envolvente, o Castelo dos Mouros e quintas e matas circundantes. Logo se tornaria um «alto-lugar» do romantismo europeu. O monumento atual foi mandado edificar por D. Fernando de Saxe Coburgo-Gota, casado com a Rainha Maria II em 1836. Homem culto, e com uma educação muito cuidada, o futuro Rei Fernando II depressa se apaixonou por Sintra. Ao visitar a montanha pela primeira vez, avistou as ruínas do antigo Convento dos Frades Hieronimitas, erguido no reinado de D. João II, e que tinha sido substancialmente transformado pelo rei Manuel I de Portugal. Este, no cumprimento de uma promessa, ordenou a sua reconstrução de raiz, em homenagem a Nossa Senhora da Pena, doando-o de volta à Ordem dos Monges de São Jerónimo.

Iniciou logo a seguir obras de consolidação do velho convento, dotando-o de novos acessos em túnel. Em 1840, dois anos antes que Varnhagen desse à estampa a sua colecção de artigos sobre os Jerónimos, D. Fernando decidiu a ampliação do Convento de forma a construir um verdadeiro paço acastelado romântico, residência de verão da família real portuguesa. O novo projeto foi encomendado ao mineralogista germânico barão Guilherme von Eschwege, amador de arquitetura.

Pensou, igualmente, em mandar plantar um magnífico parque, à inglesa, com as mais variadas, exóticas e ricas espécies arbóreas. Desta forma, Parque e Palácio da Pena constituem um todo magnífico. O Palácio, em si, é um edifício ecléctico onde a profusão de estilos e o movimento dos volumes são uma invulgar e excepcional lição de arquitectura.

A obra decorreu rapidamente e estaria quase concluída entre 1847 e 1852, segundo o projeto do alemão, mas com intervenções decisivas, ao nível dos detalhes decorativos e simbólicos, do príncipe.

in Wikipedia

Fortaleza

•03/09/2009 • Deixe um Comentário

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Maturidade

Fortaleza

Personalidade vincada

Modelo: N.

Companheira

•02/09/2009 • Deixe um Comentário

DE27

Fiel…
Ternurenta…
Irrequieta…
Caprichosa…
Teimosa…
Mimada…
Companheira…

Modelo: Beca

Um Olhar

•02/09/2009 • Deixe um Comentário

DE19

Saber o que está por trás de um olhar, é algo que apenas a vida nos ensina a conhecer…

Aprender que por vezes um olhar sério traduz alegria e bem-estar, e que um sorriso nem sempre é sinónimo de alegria, faz parte da escola da experiência e maturidade… e lê-se nos livros das pedras calcorreados do nosso caminho…

DE

Modelo: Hugo

Inv[b]icta

•01/09/2009 • Deixe um Comentário

DE25

Repouso o olhar nas águas do Douro,

Enquanto, do cais, e de cálice de vinho doce entre os dedos,

Saboreio o doce paladar do vinho característico da cidade.

A Invicta

Por entre o verde

•31/08/2009 • Deixe um Comentário

DE22Por entre o verde da serra, destacam-se paredes que permanecem através dos tempos.

A história está marcada em cada curva do caminho, em cada espaço amplo ou fechado, por entre caminhos perdidos com séculos de existência.

A Serra de Sintra encerra entre os seus esconderijos, exemplares de palacetes de outrora que ainda contam histórias de passado e presente.

DE

Fotografia tirada a caminho da Monserrate.

Cabo da Roca

•30/08/2009 • Deixe um Comentário

DE15

Cabo da Roca (o Farol)

O ponto mais ocidental do Continente Europeu

Ou como dizia Luís de Camões:

“Donde a Terra se acaba e o mar começa” (in Os Lusíadas, Canto VIII)

Salva-vidas

•28/08/2009 • Deixe um Comentário

DE12

A que nos agarramos, afinal?

– À vida! – respondo.

– Qual? – perguntam-me.

– À tua, à minha, de todos nós.

Há pessoas que são salva-vidas da alegria, da paz, da felicidade.

Em cada um de nós existe um salva-vidas que nos balança e nos empurra na direcção de outrém.

Na certeza de bem querer.

DE

Nascimento

•27/08/2009 • Deixe um Comentário

DE13

Vens a mim
pequeno como um deus,
frágil como a terra,
morto como o amor,
falso como a luz,
e eu recebo-te
para a invenção da minha grandeza,
para rodeio da minha esperança
e pálpebras de astros nus.

Nasceste agora mesmo. Vem comigo.

Jorge de Sena (‘Eternidade’)

Rasto de Fogo

•26/08/2009 • Deixe um Comentário

DE11

Fulminante!

Momento único!